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segunda-feira, 8 de março de 2010

O Menininho



Era uma vez um menininho que foi para a escola.
Ele era bem pequenino.
E a escola era bem grande.
Mas quando o menininho viu que poderia entrar na classe
Caminhando através da porta,
Ele ficou feliz;
E a escola nunca mais lhe pareceu tão grande assim.
Uma manhã, quando havia pouco que ele estava na escola,
A professora disse:
“Hoje nós iremos fazer um desenho.”
"Que bom!", pensou o menininho.
Ele gostava de desenhar leões, tigres,
Galinhas, vacas,
Trens e barcos;
E pegou a sua caixa de lápis-de-cor e começou a desenhar.
Mas a professora então disse:
“Esperem! Ainda não é hora de começar.”
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
“Agora”, disse a professora, “nós iremos desenhar flores.”
"Que bom!", pensou o menininho.
Ele gostava de desenhar as mais bonitas flores
Com seus lápis rosa, laranja e azul.
Mas a professora então disse:
“Esperem! Vou mostrar como fazer.”
E a flor era vermelha com caule verde.
“Assim”, disse a professora,
“Agora vocês podem começar.”
O menininho olhou para a flor da professora,
Então olhou para a sua flor.
Gostou mais da sua flor, mas não podia dizer isso.
Virou o papel e desenhou uma flor igual a da professora.
Era vermelha com caule verde.
Num outro dia, quando o menininho abriu sozinho a porta da classe,
A professora disse:
“Hoje nós iremos fazer alguma coisa com o barro.”
"Que bom!", pensou o menininho.
Ele gostava de trabalhar com barro.
Podia fazer com ele todos os tipos de coisas:
Cobras e bonecos,
Elefantes e camundongos,
Carros e caminhões;
E começou a juntar e amassar a sua bola de barro.
Mas a professora então disse:
“Esperem! Ainda não é hora de começar.”
Ela esperou até que todos estivessem prontos.
“Agora”, disse a professora, “nós iremos fazer um prato.”
"Que bom!", pensou o menininho.
Ele gostava de fazer pratos.
E começou a fazer alguns de todas as formas e tamanhos.
Mas a professora então disse:
“Esperem! Vou mostrar como fazer.”
E o prato era um prato fundo.
“Assim”, disse a professora.
“Agora vocês podem começar.”
O menininho olhou para o prato da professora,
Então olhou para o seu prato.
Gostou mais do seu prato, mas ele não podia dizer isso.
Amassou seu barro numa grande bola novamente e fez um prato igual ao da professora.
Era um prato fundo.
E muito cedo o menininho aprendeu a esperar
E a olhar
E a fazer as coisas exatamente como a professora.
E muito cedo ele não fazia mais coisas por si próprio.
Foi então que aconteceu.
Aquele menininho e sua família se mudaram para outra casa,
Em outra cidade,
E o menininho teve de ir para outra escola.
Essa escola era ainda maior que a outra.
E não havia porta na classe.
Ele teve que subir alguns grandes degraus
E percorrer um longo corredor
Até chegar em sua classe.
E logo no primeiro dia que ele estava lá,
A professora disse:
“Hoje nós vamos fazer um desenho.”
"Que bom!", pensou o menininho.
E esperou que a professora dissesse o que fazer.
Mas a professora não disse nada.
Apenas andava pela sala.
Então veio até o menininho e perguntou:
“Você não quer desenhar?”
“Sim”, disse o menininho.
“O que nós vamos fazer?”
“Eu não sei, até que você o faça”, disse a professora.
“Como eu posso fazê-lo?”, perguntou o menininho.
“Da maneira que você gostar”, disse a professora.
“E de qualquer cor?”, perguntou o menininho.
“De qualquer cor”, disse a professora.
“Se todo mundo fizer o mesmo desenho
E usar as mesmas cores,
Como eu saberia quem fez o que,
E qual é qual?”
“Eu não sei”, disse o menininho.
E ele começou a desenhar uma flor vermelha com caule verde.
Texto lido hoje em sala (Prof. Maria Elena)

Como educadores, é preciso ficarmos atentos...para que não façamos como a professora, que bloqueou a inteligência do "menininho".

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